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Sistema Just in time (JIT)

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

O sistema Just in time (JIT) é uma técnica japonesa criada por Taiichi Ono, na Toyota Motor Company, que significa produzir no tempo certo de atender as necessidades de produção, ou seja, colocar o componente certo, no lugar certo e na hora certa de produzir.
Esta técnica defende que toda atividade que consome recursos e não agrega valor ao produto é considerada um desperdício, ou seja, estoques que custam dinheiro e ocupam espaço, transporte interno, paradas devido a espera do processo, refugos e retrabalhos são formas de desperdício e devem ser eliminados.
O sistema JIT tem como filosofia trabalhar com estoque zero ou o mínimo possível. Ocorria há alguns anos atrás, quando se trabalhava com elevados níveis de estoque, que o funcionário na linha de produção poderia errar várias vezes, pois o produto defeituoso poderia ser substituído pelo produto que estava no estoque. Hoje isso mudou, pois as empresas trabalham para alcançar suas metas e errar não é mais permitido, já que o nível de estoques é baixíssimo e o erro pode causar um grande transtorno para a empresa.
Alguns fatores interferem diretamente no funcionamento do sistema ao JIT e, um deles é o comprometimento dos colaboradores com o processo. Portanto, a empresa precisa oferecer-lhes condições para realizar suas atividades, através de treinamentos constantes e do reconhecimento de seu trabalho.
Outro fator do sistema JIT é a parceria existente entre a empresa e o fornecedor, pois se a empresa trabalha com o mínimo possível de estoques, ela precisará ter alguém que forneça para ela no momento que necessite, ou seja, a responsabilidade do estoque é transferida para o fornecedor, que trabalhará como seu parceiro.
Hoje, a maioria das linhas de montagem trabalha com o sistema de consórcio modular, onde os fornecedores se instalam dentro da empresa ou o mais próximo a ela possível, para supri-las no momento que necessitem.
Um aliado do JIT são os cartões Kanban, que servem como sinalizadores da produção e tem por responsabilidade enviar uma ordem de produção quando o estoque está chegando ao nível mínimo. O cartão Kanban faz com que a produção seja puxada e não empurrada, evitando desta forma que se acumule estoques ao final do dia, pois o sistema só vai produzir quando o cartão kanban enviar a ordem para o processo, funcionando como um disparador da produção.
O JIT hoje é uma filosofia gerencial e sua utilização leva a empresa obter maiores lucros e melhor retorno sobre o capital investido, pois reduz custos, estoques e proporciona uma melhoria na qualidade.

REFERÊNCIA
MARTINS, Petrônio G. LAUGENI, Fernado P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 5ª ed., 2005.

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8 comentários em “Sistema Just in time (JIT)”

  1. Maurício Lloret

    JIT no Brasil… JIT em São Paulo?

    Estradas defeituosas, portos sem capacidade, greve de caminhoneiros, protestos de motociclistas, fiscais de alfandega corruptos, restrição de caminhões, rodízio, aeroportos sem capacidade, trânsito, etc.

    No Brasil só dá para fazer JPIT – Just Perhaps In Time

  2. Sem contar com as barbaridades que as montadoras fazem com seus fornecedores.Concordo que a situação do Brasil é extremamente dificil de se utilizar o JIT.

  3. Rodolfo Silva

    como é possível adotar esse sistema em uma empresa que fabrica seu produto e a cada semana recebe ordens de venda de todo BR?
    trabalhei em uma empresa que mantinha seu estoque em 3 níveis: min, médio e max.
    o estoque era calculado com uma media de venda dos últimos 6 meses. nunca podíamos estar no minimo ou abaixo dele.
    a cada ordem de venda recebi, produtos eram retirados do estoque pois o transporte era feito em media 3 vezes por semana. ordens com prioridades era passadas para frente.
    Jamais poderia faltar produto no estoque

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